O artigo publicado na Revista Época, de 22 de janeiro de 2007, com o título de “Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor”, de Paulo Nogueira, trata de uma questão discutida a mais de dois mil anos: A FELICIDADE. Essa busca por “ventura”, aqui, apropriando-se do pensamento de gigantes da filosofia, ilustra a simplicidade aplicada na vida, explicando que a felicidade está nas coisas pequenas, na capacidade de não sobrecarregar o espírito com coisas ordinárias e assim engendrando uma tranqüilidade da alma. Em outro momento, o autor, demonstra através de fragmentos filosóficos, que um outro caminho para a vida feliz é aceitar os erros, os tropeços, aprender a conviver com a realidade, viver de forma serena em relação à “tempestuosidade” do universo e do próprio “EU”. Em seguida, aponta que devemos cuidar do nosso próprio ser, desligando-se de caminhos tortuosos e assim ficar no comando do seu estado de espírito. Não se preocupar com o futuro de forma obsessiva. Outro caminho para a felicidade é saber enfrentar o medo da morte, pois sabemos que o fim ao qual tende tudo é o temido extermínio do ser e de tudo que está vivo, portanto devemos viver momentos virtuosos sem essa preocupação. O desprezo por esse esgotamento da vida ou a aceitação serve como paliativo para a inquietação natural e o medo.
Enfim, o texto em questão elucida a tentativa da filosofia de nos mostrar o caminho da felicidade ou de pelo menos parte dela. De forma clara e bem exemplificada, ficamos com a impressão que a felicidade está nas coisas simples, mas ao mesmo tempo é inalcançável. O gênio humano é tempestuoso e angustiante por essência, por isso a luta da filosofia em buscar a virtude e a felicidade. As paixões da alma demonstram desejos insaciáveis, e como já citado antes, toda essa busca é puro paliativo. Schopenhauer em uma de suas obras diz: “O mundo é minha representação”, a partir disso podemos dizer que a felicidade não é um bem comum, talvez, não possa nem ser discutida. Simplesmente a felicidade é individual e incompreensível quando questionada. Ela deve ser natural, concebida pela nossa própria representação.
Viver bem é estar bem com você mesmo, buscando dentro de si seu próprio “mundo das idéias” e naturalmente gerando uma auto-satisfação. E mesmo sabendo que a felicidade não é perpétua, pois o homem é ambicioso sentimentalmente, sempre estaremos esperançosos a procura dela. Esse encanto sempre tomará novas formas e novos anseios. Entretanto isso não significa que ela não perdure. A felicidade é puramente um objeto mutável em nosso intelecto. Por fim, mesmo com esse composto de argumentos, tanto com a palavra falada como a palavra escrita não nos diz absolutamente nada sobre a verdadeira felicidade, portanto, vamos somente viver esse sentimento.
Alécio Marinho de Brito Junior
Cometários do texto "Como os grandes sábios podem nos ajudar a viver melhor”, de Paulo Nogueira.
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