quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Retidão e esperança....

Eu só evoco aos DEUSES que não me ofereçam a extinção, despovoado, sem ter improvisado o que eu almejava;
Que a integridade moral possa estar presente na minha história e reflexionar na existência dos diferentes;
Que minha vivência tenha bravura e possa ser participativa na sociedade;
Que a supressão não seja o vocábulo vindouro;
Que não tenhamos que se calar ou mascarar para existir em paz;
Ainda aspiro observar o germe disso assentado nessa geração....

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SALVEM CAMPOS DO JORDÃO...



É de longa data que observamos o desamparo a admirável CAMPOS DO JORDÃO. Não pondero a propósito da cidade, mas do povo que aqui vive. Há muitos anos que a cidade acondiciona em torno da temporada de inverno, prontamente, regula em torno do turismo. O que nos parece justo, visto que, Campos do Jordão foi esculpida por DEUSES DA ARTE. No entanto, e os Jordanenses? Existimos com precários recursos, deslembrados por meio das astúcias públicas e, muitas vezes, aprisionados por empregadores sedentos por dinheiro.
Não há ausência de tradição, não falta ocupação: FALTA HUMANIDADE. Necessitamos refletir a respeito do nosso povo com benevolência e acatar as diferenças em meio a cada individualidade.
É o momento de ser afável entre nós mesmos e não unicamente com turistas; É a ocasião do poder público ponderar a propósito da saúde com severidade; no individuo que permanece na essência de cada garçom, recepcionista, mensageiro, balconista, enfim, de todos que constituem essa suntuosa cidade; É a oportunidade de considerar Campos do Jordão como uma identidade singular e não como um comércio de endinheirados para empresários.
Nesses tempos, que julgo, pós-contemporâneos, estamos sucessivamente correndo, sem tempo para observar as generosidades que nos cercam. Refiro-me as formosuras naturais, e não as adquiridas com o dinheiro para ornamentar a cidade para os tais turistas. Deste modo, insisto para um despertar do povo, ponderando novos mecanismos, inventando um mundo melhor a nossa volta. Persisto, ao mesmo tempo, em um “caráter humanitário” do poder público, cunhando um entusiasmo inusitado.
Deste modo, apresentaremos uma sociedade atrelada, forte em todos os seus limites e, sobretudo, JUSTA. Virtude essa que muita gente não sabe nem definir: nem o povo, pois é vítima, nem os políticos, pois, além de desonestos, são corruptos estúpidos. Que me interessa não é generalizar, mas podemos asseverar isso da maior parte desses políticos.
É tempo de uma revigorada CAMPOS DO JORDÃO, e como isso não se produz do por do sol para o alvorecer, abanquemos em nós mesmos, de forma vagarosa, mas persistente. Puramente refletindo e pelejando por mais dignidade e honestidade.
Alécio Marinho de Brito Junior

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Príncipe das Trevas

A erudição não cura minha estupidez.
Demasiada desventura que veste impecavelmente como uma máscara sobre minha existência.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Horácio



Quaesieris Tu ne, scire nefas, Quem mihi, Quem tibi
Babylonios dederint FINEM di, leuconoe, ne
numeros temptaris. ut melius, quidquid erit, Pati.
Seu PLURIS hiemes Seu tribuit Iuppiter ultimam,
debilitat oppositis quae nunc égua pumicibus
Tyrrhenum: sapias, vina lique et espacio brevi
reseces spem longam. loquimur dum, fugerit invida
Aetas: Carpe diem quam credula postero mínimo.

sábado, 28 de novembro de 2009

Desvairamento


As verdades amadurecem com o tempo


Nessa pluralidade de mundos, de anseios, de trilhas para se investigar, suponho que nem a marcha pela quietude e nem a trajetória do conflito, todavia, carecemos navegar no fluxo do retraimento. Eleger a reclusão não é deliberar os obstáculos com a facilidade de quem se afugenta deles, mas é consentir autonomia para esse devir articular por si mesmo. A alameda da placidez tem sua projeção, mas é determinante de mais duelos do que a própria batalha. Origina, em alto grau, o desgosto por inquirir efetivar esse cobiça de fleuma, tão incongruente do caráter humana. A via da peleja é o acesso da honra, no qual a batalha é a manto do heroísmo e do egoísmo com feitio de notáveis atos.
Prontamente, a penumbra não se desassossega nem com causa nem com o efeito, nem com o sujeito nem com o objeto, no entanto, ajuíza a casualidade e se ampara nela para harmonizar os vícios e as virtudes no íntimo de si mesmo. As verdades não devem ser esquadrinhadas incessantemente por nenhum desses caminhos. Elas amadurecem sozinhas. É como articulava um desses tresloucados por ai: Nada é sem uma razão pela qual é.
Nesse sentido, a verificação deve versar no apartar-se da própria experiência. Erigindo a verdade com as insignificantes partes que o acaso oferece durante a existência, até elevar-se na razão de ser o que é. Cada um com seu caráter, com seu entusiasmo de permanecer-ser e a consciência de que se inventou ou reinventou o que deveria no tempo apropriado.

Alécio Marinho de Brito Junior

sábado, 29 de agosto de 2009

Distúrbio de Personalidade Dissocial

Chamado, pelo autores franceses, de "insanité sans délire" (insanidade sem delírio) ou, pelos alemães, de "insanidade moral". O termo descreve indivíduos com marcado egocentrismo que não têm deferência normal pelas outras pessoas, manipulando-as, como quer seja necessário, para atingir seus objetivos. Suas armas são o charme, a sedução, a intimidação e a violência, usadas, assim, progressivamente, de modo cada vez menos sutil, no caso de as outras pessoas não se comportarem da maneira como o sociopata quer.
Existem graus muito variados de distúrbio de personalidade, que vão desde a pessoa considerada apenas "chata", "inconveniente", "patologicamente egocêntrica", até os casos de matadores e estupradores em série, passando por viciados, traficantes e seqüestradores, todos eles muito pouco preocupados com o bem-estar da sociedade.
Algumas pessoas consideram, erroneamente, o distúrbio de personalidade dissocial apenas como doença, quando, na verdade, nada é, também, mais próximo do conceito mais puro de "crime", pois o sociopata tem plena consciência e entendimento dos erros que comete. Existe, atualmente, um movimento nos meios jurídicos da Inglaterra no sentido de enfatizar o dano à sociedade que é tolerar esses indivíduos anormais, mesmo nos casos, muito freqüentes, em que a Justiça ainda não consegue caracterizar, formalmente, seus crimes e comportamento habitual altamente lesivo aos demais (Kendell RE, 2002).
Os sociopatas portadores de distúrbio de personalidade dissocial (freqüentemente chamados de "psicopatas", em sentido estreito) são exímios simuladores e manipuladores, conseguindo enganar mesmo alguns dos melhores peritos e escapar de promotores e juízes severos.
Os manicômios judiciários estão repletos de pessoas absolutamente normais, que, em uma circunstância severamente crítica, cometeram algum crime do qual realmente se arrependem. Enquanto isso, a sociedade convive com sociopatas muito graves que, usando de sua inteligência e manipulação, galgam, por exemplo, cargos públicos e profissões as quais nunca poderiam exercer (incluem-se advogados, juízes, promotores, médicos e professores de medicina).
Os casos extraordinários, noticiados pela mídia, de sociopatas assassinos e/ou estupradores em série são apenas "a ponta de um iceberg" que perpassa toda a sociedade. Há sociopatas de graus variados de severidade e mesmo os mais graves, em muitos casos, nunca serão "descobertos" (presos e/ou diagnosticados clinicamente).
Além do diagnóstico clínico, que deve ser estabelecido por médico experiente, competente e idôneo, são observadas alterações em exames subsidiários do cérebro, como tomografia por emissão de pósitron (mais conhecida pela sigla "PET", do inglês "Positron Emission Tomography") ou ressonância magnética nuclear funcional (mais conhecida, mesmo em nosso meio, como "fNMRI" de "Functional Nuclear Magnetic Ressonance Imaging") em cerca de dois terços dos casos diagnosticados. Tratam-se dos chamados "exames funcionais de imagem" da atividade do cérebro, dificilmente disponíveis no Brasil e extremamente caros.
Tais exames de imagem mostram, tipicamente, em sociopatas portadores de distúrbio de personalidade dissocial, alterações no funcionamento da região cortical anterior do cérebro, área envolvida no controle racional de comportamentos impulsivos, como a agressividade. Também são típicas as assimetrias funcionais nos núcleos da base do cérebro, envolvidos no controle do comportamento voluntário e da cognição, assim como em regiões mais superiores, anatomicamente, do sistema límbico, envolvido nas emoções.
Em até 1/3 a metade dos casos, são observadas, mesmo, lesões anatômicas em uma ou mais dessas regiões, evidenciadas na ressonância magnética nuclear convencional e/ou na simples tomografia computadorizada do cérebro.
O sociopata não é uma pessoa absolutamente insensível, mas sensível apenas a seus próprios sentimentos, desejos e necessidades, como se não enxergasse, no outro, um ser humano, a quem deveria alguma consideração e respeito intrínsecos. Os meios (e as pessoas) utilizadas para atingir seus objetivos parecem-lhe pouco importantes. Não têm noção de ética.
Por outro lado, consegue simular, perfeitamente, uma pretensa emoção, sentimento por outras pessoas, quando assim lhe convém.
O distúrbio de personalidade dissocial não tem tratamento. Os portadores nem, sequer, sofrem com seu distúrbio, mas causam imenso e profundo transtorno às outras pessoas. Há, freqüentemente, necessidade, mais ou menos imperiosa, de serem afastados do convívio da sociedade (cadeia ou manicômio judiciário), para bem desta.
Filhos de sociopatas são suas maiores vítimas, condenados a uma vida de sofrimento, violência, privação e punição injustificada e continuada, ao mesmo tempo em que esses pais sociopatas são capazes de exibir, para a sociedade, uma perfeita mas falsa imagem de pais dedicados e zelosos para com seus filhos, uma falsa imagem de "bons cidadãos", de cidadãos pacatos .
O sociopata leva uma vida dupla: mantém uma aparência e atividades cotidianas normais, mas essa imagem não corresponde à sua realidade íntima, anormal, doentia, que só é revelada a suas vítimas, quando estão indefesas.
Características do comportamento de sociopatas:
1) Atitudes impulsivas, incontroláveis;2) Frieza, insensibilidade com relação às outras pessoas (ausência de piedade, compaixão e altruísmo);3) Ausência de valores morais ("éticos");4) Agem como se estivessem acima das leis e da sociedade;5) Ausência de sentimento de culpa ou remorso;6) Covardia (só praticam o delito com a certeza de a vítima não poder reagir);7) Freqüentemente, age por motivação sexual;8) Suas atitudes seguem uma lógica própria;9) Obtém prazer através da violência;10) Inteligência normal ou acima da média;11) Ausência de delírio e alucinação;12) Conhecem e usam com habilidade as brechas da Lei;13) Mitomania (grande habilidade para mentir, forjar situações, convencer pessoas a acreditar no que não é verdadeiro);14) Manipulação (habilidade de induzir as pessoas a fazer o que o sociopata quer, através da mentira, insinuação, produção de falsas "provas", sedução, intimidação, ameaça, violência).
Referências:
Kendell RE (2002). The distinction between personality disorder and mental illness. Br J Psychiatry 2002 Feb;180:110-5.

FONTE: http://www.geocities.com/medicinahumana/mental/personal.htm