sábado, 28 de novembro de 2009

Desvairamento


As verdades amadurecem com o tempo


Nessa pluralidade de mundos, de anseios, de trilhas para se investigar, suponho que nem a marcha pela quietude e nem a trajetória do conflito, todavia, carecemos navegar no fluxo do retraimento. Eleger a reclusão não é deliberar os obstáculos com a facilidade de quem se afugenta deles, mas é consentir autonomia para esse devir articular por si mesmo. A alameda da placidez tem sua projeção, mas é determinante de mais duelos do que a própria batalha. Origina, em alto grau, o desgosto por inquirir efetivar esse cobiça de fleuma, tão incongruente do caráter humana. A via da peleja é o acesso da honra, no qual a batalha é a manto do heroísmo e do egoísmo com feitio de notáveis atos.
Prontamente, a penumbra não se desassossega nem com causa nem com o efeito, nem com o sujeito nem com o objeto, no entanto, ajuíza a casualidade e se ampara nela para harmonizar os vícios e as virtudes no íntimo de si mesmo. As verdades não devem ser esquadrinhadas incessantemente por nenhum desses caminhos. Elas amadurecem sozinhas. É como articulava um desses tresloucados por ai: Nada é sem uma razão pela qual é.
Nesse sentido, a verificação deve versar no apartar-se da própria experiência. Erigindo a verdade com as insignificantes partes que o acaso oferece durante a existência, até elevar-se na razão de ser o que é. Cada um com seu caráter, com seu entusiasmo de permanecer-ser e a consciência de que se inventou ou reinventou o que deveria no tempo apropriado.

Alécio Marinho de Brito Junior