terça-feira, 9 de dezembro de 2008

1º Work Chopp - Schopenhauer

No ano de 2009, em Taubaté, teremos o 1º Work Chopp Schopenhauer. Será um evento voltado para os acadêmicos interessados na Filosofia do Pensador Alemão.
Uma combinação de BADEN-BADEN com Wille-zum-leben será imprescindível para nutrir a reflexão em Arthur Schopenhauer.
Em breve novas informações.

Alécio Marinho de Brito Junior

Crise Mundial


"Vou fazer um slideshow para você. Está preparado? É comum, você já viu essas imagens antes. Quem sabe até já se acostumou com elas. Começa com aquelas crianças famintas da África. Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. Aquelas com moscas nos olhos.Os slides se sucedem.Êxodos de populações inteiras. Gente faminta. Gente pobre. Gente sem futuro. Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. São imagens de miséria que comovem. São imagens que criam plataformas de governo. Criam ONGs. Criam entidades. Criam movimentos sociais. A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza. Ano após ano, discutiu-se o que fazer. Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta. Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo. Resolver, capicce? Extinguir. Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. Não sei como calcularam este número. Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. Ou o triplo. Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo. Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse. Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.
Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar. Se quiser, repasse, se não, o que importa?
O nosso almoço tá garantido mesmo..."
Por Mentor Muniz Neto, diretor de criação e sócio da Bullet
Alécio Marinho de Brito Junior

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Reinvenção da Vida

O intento desses escritos é de refrear um desejo de gritar. À vontade de escrever me domina estabelecendo uma desordem em meu íntimo. Jamais farei de meu vocábulo uma prescrição para os dias de infortúnio, pois, tudo aqui é só uma circunscrição de um universo que nunca existiu.
Penso que em determinado instante na vida é imperativo interromper tudo, atentar para as particularidades do tempo: o que passou e o que está diante dos olhos. Buscar apreciar a existência de fora, como se um afugentamento do desígnio da vida fosse imprescindível. Essa ótica exteriorizada nos faz esquadrinhar uma emoção aceitável para prosseguir em frente. O “contemplar” de fora distingui a agonia, o afeto e a animosidade com facilidade e nitidez que não notamos quando meramente sentimos. É preciso reinventar a vida para que ela não passe despercebida. É indispensável buscar o nexo, mesmo que ele não exista, para que o oco do espírito seja satisfeito.
A vida ordinária nos acorrenta na tentação dos prazeres, provocando sentimentos que nos esgotam, como por exemplo, o egoísmo, o ciúme e todos esses que nos fazem cada dia mais animal humano, individual e despovoado. Devemos procurar a uniformidade. Digo, não a unidade com o outro, mas com o mundo. Sentir em nós a essência da nossa natureza e o ardil preparado por ela, para que possamos enfrentá-la.
É simplesmente se dar conta em tempo dos pormenores da existência e ter a consciência acessível para discernir as coisas como são.
É puramente não deixar a ambição ser maior que a inspiração, pois o que verdadeiramente importa é o trajeto que cultivamos na história e como improvisamos em determinadas ocasiões, visto que, o encerramento dessa experiência, consecutivamente, será indistinguível para todos.
Alécio Marinho de Brito Junior

domingo, 7 de dezembro de 2008

CURIOSIDADES: Movimento quer reabilitar a suástica







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É uma questão simples: a suástica pode ser redimida?



Antes do Partido Nazista adotar a suástica e transformá-la em um dos maiores ícones do ódio racial, ela atravessou o mundo como um símbolo de boa sorte. Era conhecida na França, Alemanha, Grã-Bretanha, Escandinávia, China, Japão, Índia e nos Estados Unidos. Costumava-se dizer que as pegadas do Buda eram suásticas. Cobertores dos índios navajos eram tecidos com suásticas. Sinagogas no Norte da África, na Palestina e em Hartford, Connecticut, foram construídas com mosaicos de suásticas.Agora há um pequeno movimento que tenta ajudar "a suástica a recuperar seu lado benigno", separando-a dos "pecados do nazismo". Será que isto é possível?O nome suástica vem da palavra em sânscrito svastika, que significa bem-estar e boa fortuna. As mais antigas suásticas conhecidas datam de 2.500 ou 3.000 A. C. na Índia e na Ásia Central. Um estudo de 1933 sugere que a suástica migrou da Índia, cruzou a Pérsia e a Ásia Menor até a Grécia, depois seguindo para a Itália e em seguida para a Alemanha, provavelmente no primeiro milênio A. C.O elo fatal foi feito pelo arqueólogo alemão Heinrich Schliemann. De 1871 a 1875, Schliemann escavou o local da cidade de Tróia, dos tempos de Homero, na costa do estreito de Dardanelos. Quando ele encontrou artefatos com suásticas, ele rapidamente as associou com as suásticas que tinha visto nas proximidades do Rio Oder na Alemanha. Steven Heller, diretor de arte do The New York Times Book Review, escreve em "The Swastika: Symbol Beyond Redemption" (a suástica: símbolo além da redenção): "Schliemann presumiu que a suástica era um símbolo religioso de seus ancestrais alemães, que ligava os antigos teutões, a Grécia de Homero e a Índia védica"Logo as suásticas estavam por toda a parte, rodando tanto no sentido horário quanto no anti-horário. Madame Blavatsky, a fundadora da Sociedade Teosófica, incluiu a suástica no selo da sociedade. "Rudyard Kipling combinou a suástica com sua assinatura em um círculo como um logo pessoal", informa Heller. E a suástica fazia parte do logo do movimento Bauhaus, sob Paul Klee.A suástica também se espalhou até os Estados Unidos. A Coca-Cola lançou um pingente de suástica. A cerveja Carlsberg gravou suásticas em suas garrafas. Durante a Primeira Guerra Mundial, a 45a Divisão de Infantaria americana usava uma suástica laranja como um emblema no ombro. Pelo menos uma linha ferroviária possuía suásticas em alguns de seus vagões. O Girlâ??s Club publicou uma revista chamada The Swastika (a suástica). E até 1940, os escoteiros distribuíam um distintivo de suástica.Como os nazistas se apoderaram dele? Segundo Heller, a ordem Germanen, um grupo anti-semita que usava capacetes com chifres de Wotan e tramava "contra os elementos judeus na vida alemã", usava como insígnia uma suástica curvada em uma cruz. Em 1914, o Wandervogel, um movimento juvenil alemão, o transformou em seu emblema nacionalista.O Partido Nazista não se apossou dela até por volta de 1920. Em seu livro "Mein Kampf", Hitler, que tinha aspirações artísticas tanto quanto políticas, descreveu "sua luta para encontrar o símbolo perfeito para o partido". Ele se entreteu com a idéia de usar as suásticas. Mas foi Friedrich Krohn, um dentista de Starnberg, quem desenhou a bandeira com a suástica preta em seu centro. "A maior contribuição de Hitler", escreve Heller, "foi inverter a direção da suástica" para que ela parecesse girar no sentido horário.A queda da suástica foi tão rápida quanto sua ascensão. Em 1946, sua exibição pública foi proibida constitucionalmente na Alemanha. Nos Estados Unidos, nunca houve uma lei que proibisse a exibição de suásticas, mas a aversão ainda persiste.A pergunta agora é: a suástica pode ser retomada dos nazistas ou, como argumenta Heller, continuar a representar seus "crimes inomináveis"?A questão é complicada pela história da suástica na Índia e em outras partes da Ásia, onde ela não possui nenhuma das conotações que ela tem no Ocidente. Na Índia, há o sabão Suástica; na Malásia, um estúdio fotográfico Suástica; no Japão, há cards de Pokémon que possuem o "manji", as suásticas anti-horárias; na China, a seita Falun Gong usa as suásticas anti-horárias como seu emblema.E agora as suásticas estão voltando a serem vistas no Ocidente.Nos anos 1960, por exemplo, a suástica era motivo recorrente na arte abstrata geométrica e nas pinturas hard-edge, notavelmente em uma exposição no Museu Guggenheim.Mas o esforço mais coordenado para redimir a suástica vem dos Friends of the Swastika (Amigos da Suástica), um grupo formado em 1985 e sediado nos Estados Unidos. O grupo, cujo site na Internet promete "não ter nenhum vínculo com nenhuma propaganda racista" e nenhuma intenção de negar o Holocausto, é liderado por um artista chamado ManWoman (homemmulher) que alega ter 200 suásticas tatuadas em seu corpo. De forma a "desintoxicar" e "ressantificar" a suástica, o grupo vende camisetas, selos, cartões postais e "outras coisas legais" com suásticas. O lema deles é "To hell with Hitler!" (que Hitler vá para o inferno).E segundo eles, o trabalho já está funcionando. "A suástica está reemergindo na cultura pop alternativa... no mundo do punk rock, nos cultos de discos voadores, e nas gangues de rua". Há adolescentes usando suásticas apenas por achá-las legais."No filme â??O Dorminhocoâ?? de 1973", nota Heller, "Woody Allen previu sarcasticamente que em um futuro distante, a suástica seria vestida como um acessório de moda". O futuro distante é agora.Ela se tornou um ícone de rebelião. O logo dos skates ZZ Flex parece muito com uma suástica. O rótulo do CD de heavy metal Sacred Reich possui suásticas engrenadas. O logo da banda Kiss, que originalmente era formada por três membros judeus, foi feita para se parecer com a insígnia da SS - não uma suástica, mas dois esses paralelos parecidos com raios.Será que importa o fato das suásticas terem representado a ignorância e o ódio e serem reabilitadas como símbolo? Claro que sim, diz Heller: "Os ícones nazistas foram fortes o suficiente para seduzir uma nação, e ainda contém um poder gráfico que pode ser liberado hoje". Os defensores da suástica respondem com uma pergunta: "Como um símbolo pode ser culpado pelos atos de um louco?"



SOCIEDADE - The NY Times -- 09/07/2000







Alécio Marinho de Brito Junior