sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Inesperado, desgosto e estupidez.

Improviso essas palavras pois são as únicas que consigo. Estou naufragado na realidade ou fora dela, já não sei mais.
Já não sei mais o que ponderar
Já não tenho mais para onde navegar
Com meus olhos fechados experimento mais esperança do que o fulgor do mundo pode harmonizar.
Não sei se é amor.
Não sei se isso é vida.
Não sou marionete ou peixe de aquário.
Ora nas mãos do de um amor que não vem. (Aqui o amor não é uma afinidade entre dois corpos.)
Ora nas mãos de uma demência que reprimi minha fantasia.
Agora, deixa pra lá... Quero conviver com essa psicose.
Com a minha capacidade, com meus desejos e com minha agonia.
É um duelo entre a expectativa e a liberdade que me acorrenta.
Quero o mundo, quero você e quando acordar não quero nada.
Brindar a escuridão e parodiar nas tardes de sol.
Voar alto como a tal gaivota atrevida.
Dançar sozinho aquela musica.
Só quero acostumar com isso... Sem fronteiras entre o autêntico e o surreal.
Gritar até esgotar e entorpecer ouvindo aquela voz.
E quando despertar, no meu teatro de fantoches, só quero dizer com ternura pra vida: Foda-se.

Alécio Marinho de Brito Junior

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